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Uma guria criativa, que sempre inventou brincadeiras e jeitos diferentes de resolver as coisas. Jornalista de profissão, dublê de arquiteta e decoradora, artesã e contadora de causos. Uma pessoa que detesta preconceito e discriminação.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Duda

Mais uma vez estou tentando domar o meu egoísmo próprio de pessoas livres, desimpedidas de amarras com filhos, obrigações como fazer janta, acompanhar as lições de casa, etc. Para bagunçar um pouco a minha vida, fazer a casa arrumadinha ficar mais bagunçadinha, com jeito de gente viva ali dentro, adotei uma poodle, a Duda.

Já tive cachorro antes, meu primeiro "filho-ote", mas morava em casa e ele ficava na garagem. Agora eu moro em apertamento, e ela fica em todo lugar que eu fico. No início cheguei a ter uns chiliques quando chegava do serviço às 19 horas e encontrava a minha sala e cozinha em petição de miséria. Eu me sentia dentro daquela música do Chico Buarque "todo dia ela faz tudo sempre igual, e acorda as 6 horas da manhã... e chega em casa e limpa vários cocôs de Duda, recolhe jornais, lava o chão, lava o pano, pendura pano ....".

Mas eu quis, e eu persisti. Acordava, colocava Duda no seu toalete, ficava olhando para ela se concentrar e fazer as necessidades ali, no local indicado. Foram três meses de adaptação e finalmente a Dudinha faz no jornalzinho. Agora Dudinha está trocando dentinhos, roi tudo que é duro e possa massagear suas gengivas. Mas a Duda cresce muito rápido, tá ficando espaçosa. Qualquer dia eu terei que pedir para sentar no meu sofá. Educar um cachorro é uma tarefa eterna. Você tem que ser constante, sempre.

A cachorra tem uma cara preparada para amolecer coração de pedra. Me olha com uma cara de súplica, aqueles olhos tristes e lacrimosos, não tem como não ceder. Acabo colocando a peluda no meu sofá. A sorte é que ela não larga pelo.
Acho que ter um bicho em casa ajuda a gente a tirar o foco de si mesmo. Pensar demais em si mesmo enjoa. Acho que este é um dos motivos de as pessoas terem filhos. Quando vc já conhece sua vida de trás para frente, sabe como começam e terminam suas histórias, aí é hora de dar uma bagunçada e virar o foco. A Duda faz festa quando chego, faz traquinagens que me divertem e alegram, brinca de buscar a bolinha, implora comida, pede chamego, enfim, ela é a Duda do Vivendas do Ouro Preto.

5 comentários:

  1. meu coração de pedra é falso...
    é gelo,
    no calor derrete,
    é água...
    quando esquenta ferve...
    é vapor...
    depois que sobe,
    desce...
    é alguem que te espera,
    e nunca te esquece...

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  2. Os corações de pedra realmente são raros, cada vez mais raros. Mas temos corações embriagados, corações abandonados, excluídos, desiludidos, e para tudo isso e mais um pouco eu receito um cão.
    "Nesta vida desci morros e subi colinas. Se na vida encontrei amigos cachorros, entre cachorros encontrei amigos." Abraços amigos!

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  3. Olá,gostei muito do seu blog.Principalmente quando falou da Duda porque amo cachorros!Tenho duas cadelas que são um amor (Milady e Shanna)!Elas também me divertem.Também adorei o trocadilho que você fez sobre amigos e cachorros.Hahahaha!Foi hilário!
    Só uma sugestão:posta uma foto da Duda?
    Abraço!

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  4. Obrigada Estrela. Vou providenciar a fotinho da Duda. Abraço !

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