Quem sou eu

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Uma guria criativa, que sempre inventou brincadeiras e jeitos diferentes de resolver as coisas. Jornalista de profissão, dublê de arquiteta e decoradora, artesã e contadora de causos. Uma pessoa que detesta preconceito e discriminação.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Para você

Eu te cuidei, te empurrei morro acima, te arrastei pelas mãos, te dei carinho, proteção, te fiz comida, velei teu sono, fui tua amiga, puxei tua orelha, me preocupei com teus dentes, revisei teus cadernos, consegui professor particular.. 
Eu te amei como eu sei, um jeito meio sufocante, meio exigente, meio idealizado, meio exagerado, mas eu te amei ...te dei todos conselhos que eu tinha, te emprestei livros que nunca pedi de volta, segurei tua mão na cadeira do dentista, pesquisei roupas que combinavam contigo, o hidratante para o cabelo, o tratamento pra pele, para alma, para a mente... Meus Deus, tudo que eu fiz foi tentar te salvar de ti.

Aí, eu pergunto, como diz a música: me diz, pra mim, o que é que ficou ? Estou cansada de bater e ninguém abrir. Quantas ligações que te fiz e você não atendeu ? Quantos recados postados no bate-papo do Face e você me ignorou ? Sei que estás doente, muito doente. Tão doente que não consegue sequer abrir uma fresta da tua alma para quem sempre te amou e sempre seguraria tua mão, embora jamais facilitaria qualquer coisa para tua destruição.

Vejo, de longe, a tua solidão. É, a tua solidão dói demais em mim. A tua solidão terminou com todos nós. Ninguém mais consegue ficar junto, pois sempre, naquela mesa, sempre está faltando você. Teu jeito ingênuo, parecendo gente do interior ... Tua visão radical sobre a vida, a mania de vítima, o gosto por acreditar em Papai Noel de Pernambuco, a preguiça de pegar tua vida pelos chifres  e domá-la e moldá-la com a forma dos teus sonhos... E os sonhos ? Lembras que me daria uma camionete e para nossa terça parte um closet com 12 portas ? Eu percebia, que sempre, quando pensavas em tomar atitudes, acabavas por dar uma tragada no teu cigarro e deixar a vontade passar. Procrastinar sempre foi a tua solução mais fácil...mas a mais terrível a médio e longo prazo.

A tua dor sepultou minhas gargalhadas, a vontade de ouvir música e dançar feito palhaça na sala da casa da praia. De nós todos, o que mesmo que restou ? Postagens fabricadas em redes sociais através da tela fria dos nossos computadores ? Fotos colocadas nos álbuns mostrando nossas falsas vitórias ? Por favor, acorda, sai desta toca, foge, luta, levanta, busca ajuda,  faz alguma coisa por todos nós.. será que não vê que estamos todos morrendo, um para cada canto ?  Será que no fundo da tua memória, mesmo dentro do cárcere da emoção, não lembras que, naquela época em que reclamávamos uns dos outros ainda éramos felizes ? Todos os 5 loucos, cada um a sua maneira, do seu jeito, mas éramos um bando.

Hoje, já quase não tenho coragem de ligar para eles. O assunto é sempre a dor da tua ausência, da tua não interação e total isolamento. Quanta falácia tua acreditar que só fazes mal a ti mesmo. Ainda guardo tuas cartinhas de criança, as fotos dos nossos melhores momentos, o último e grande projeto que conseguimos concluir juntos. Aqui, na casa que nunca quiseste pisar, estás nos meus porta-retratos, nos jornais guardados com tuas matérias assinadas que amenizam, por instantes, a sensação de que te perdi. 

Quando vejo teu nome grifado, além do orgulho, sinto que nem tudo está perdido, que ali está o nome de todos nós, os 5. E se todos somos um, nada poderá ser impossível, nem forte demais, nem duradouro demais, nem penoso demais para nos separar para sempre. Tudo é possível àquele que crê. Força, coragem, fé e amor.




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mosaicos

Minha vida cheia de lances dramáticos, uma colcha de retalhos; não, mais parecida com esses basaltos irregulares que meus pés, outrora faziam toc-toc. Hoje ainda ando nos basaltos, pensando em seus cortes diferentes, com uma pedra em cada formato, elas lembram minha vida e suas incógnitas. Agora meus pés fazem pã-pã, não uso mais saltos de toc-toc. Paro um pouco, não sei diretito onde vou, aproveito e olho o Muro da Mauá, com 3 metros acima e 3 metros abaixo do solo.

Esse Muro da Mauá que tanto portoalegrense quer derrubar, lembra um pouco o que eu sou: um equipamento útil mas pouco aproveitável... O Muro da Mauá está aí para proteger nossa querida cidade das forças das águas do Guaíba. Esse Guaíba que todo gaúcho, gaudério ou do Bonfa, mas geralmente bairrista, diz que tem o por do sol mais lindo do mundo.

Ainda não vi todos os sóis, de todos as partes, mas esse aqui é lindo mesmo. Saio do meu devaneio e volto a refletir nos pedaços recortados da minha vida e, como o basalto irregular , esses pedaços percorridos ora com riso, ora com lágrimas, ora com amor.

Continuo a caminhar, deixo o sol esquentar minhas ideias. Já não sei se vale a pena unir, colar, cimentar, juntar tantos pedaços. De qualquer forma escrevo para tentar fazer um mosaico com as pedras da vida.

Pã, pã, pã .... Caminho mais um pouco e chego num dia lindo, com 18 anos, não queria sair para dançar, mas saí. Depois desse dia minha história nunca mais seria a mesma. Tento prestar atenção, pensar se poderia ter sido diferente. Não adianta, as pedras foram se colando, os caminhos se formando e eu, apenas segui em frente. Bem que alguma vidente poderia ter me avisado para não sair, para não me envolver com ninguém naquela semana, naquele mês. Quando a história vem escrita, quando é o destino, não tem aviso, não tem desvio, premonição, só há uma direção, apenas um caminho.

Tudo começou há 22 anos ... Era dezembro de 1987, fazia uma semana que havia completado 18 anos. Naquele Porto de Elis, um lugar onde os antenados, descolados frequentavam para ouvir boa música e dançar. Fomos eu e a Ucha. Tão jovens, tão felizes por ainda ter a vida pela frente e tanta esperança no futuro.

No som frenético eu dançava... como se a vida fosse cor de rosa... (continua um dia).

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um toque de amor

Vó querida, hoje, como em tantos outros dias, você me faz muita falta. Lembro da sesta do início da tarde, quando íamos para a cama, contar causos, dar risada, lembrar de passagens da tua juventude que me encantavam.

Lembra aquele baile que você foi e tua prima conseguiu ser tirada para dançar pelo cara mais bonito da festa mas que, por coisas de jovem, virou piada por que o carinha era gago ?? Você contava tudo de um jeito tão engraçado, era impossí
vel não rir. Teve aquela outra vez que tu entrastes no bonde e o passageiro ao teu lado tinha um jornal no colo e ele o levantava a cada minuto. Sempre curiosa você ficou encafifada e deu uma espiada para ver o que tinha ali... E era coisa de tarado mesmo... O dito cujo do cara estava para fora da calça, tapado pelo jornal... Ah, ah, ah, você ria me contando, mas garanto que na hora você ficou com vergonha e saiu de fininho...

Você e suas primas eram da pá virada, aproveitavam muito as festas e bailes que iam. Para a rígida educação dos anos 30 e 40, acho que você teve uma juventude feliz. Eu sonhava em crescer e ser como você, uma jovem feliz. O que eu não daria para que a gente passasse só mais uma tarde em nossas "cadeiras preguiçosas" embaixo das parreiras repletas de cachos de uvas rosa e pretas ? Matando a saudade, chupando um picolé de fruta, tomando um chimarrão, contando as novidades...

Eu te diria o que fiz nestes últimos 21 anos em que estivemos longe uma da outra... Tudo que aconteceu e eu não queria que tivesse acontecido, mas que enfim aprendi a ir levando, as coisas que sonhei e consegui alcançar, os sonhos que tive que guardar para uma próxima chance, enfim, eu te relataria os principais lances, as cenas mais importantes, os chutes a gol, as vezes em que errei o saque, tudo o que realmente importa na vida de uma pessoa. E eu tenho certeza de que você não acharia a minha história tediosa... Qualquer outra característica, menos tediosa.

Muitos acontecimentos impactantes, experiências surreais, uma história que foi do "futuro promissor" ao "nada mais a se esperar" e que girou novamente e atingiu "tudo é possível para aquele que crê". Ai vó, eu me tornei um ser exagerado, que adora um amor inventado, eu cheguei a largar tudo, carreira, dinheiro, canudo. Eu me perdi e me reencontrei, por tanto amar quase me perdi de mim. Pensei que tivesse aprendido a lição, tentei novamente, caí com a cara e a coragem no chão. Aprendi a nada esperar, a contar comigo e Deus, a ter fé em mim. Sei hoje, que o que vivi, talvez tenha sido necessário para meu aprendizado. Agora levo a vida na manha, procuro fincar meus dois pés no chão para não sair voando por aí, me seguro para não tropeçar.

Tento lembrar desse tempo em que eu tinha um sentimento quase infantil, havia o medo e a timidez, todo um lado que só você viu... Eu era tão jovem, mas perto de você eu tinha tudo, segurança, cuidado e amor. O que mais alguém precisa nesta vida ? E assim eu vou vó querida, dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo com alguns arranhões. Eu sei, tenho este alento no coração, que a minha outrora juventude, sonhos e ingenuidade te encantavam. Gosto de lembrar daquele ser inexperiente, que acreditava em tudo. Penso que não consegui ser espoleta como você foi, mas tenho tanto de você em mim... Você era "cuidadora". Também me tornei, ainda que sem querer. Você era debochada. Também sou. Você era uma mistura de açúcar com pimenta. Tenho bastante deste tempero também.

Espero te ver, ainda que em sonho, me abraçando apertado, e eu sentirei teu cheiro de colônia Cristal ou Toque de Amor. O nome de um de teus perfumes é o que você representa na minha história: um toque de amor. Amo você para sempre, até a eternidade. Saudades de nós. Manda uma mensagem, diz como vão as coisas, se você e o vô se vêem por aí. Como estão, o que fazem, se aí é bom, ou se pode até ser melhor do que aqui. Não tenho medo, do escuro, mas deixe, as luzes, acesas, quando eu for ao teu encontro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Minha imaginação vem de berço

Desde pré- adolescente eu tinha a mania de anotar tudo que vivia e sentia num caderno. Não era um diário pois não tinha chave, os textos, muitas vezes, eram escritos em parábolas, poesia na terceira pessoa, eu fazia o necessário para não ser apontada caso alguém lesse aquelas baboseiras. Mas como quem não deve naõ teme, meu caderno sempre rodou pela casa na maior paz e harmonia.

Um dia, na casa de praia, uma das gêmeas amigas minhas de balada, veio lá em casa desabafar as mágoas de um guri que não queria mais ficar com ela, coisa e tal, o primeiro amor e a primeira dor de cotovelo. Era choro prá mais de metro. Eu ainda não tinha passado das poesias e das paixões platônicas, tava apavorada com o desespero da outra. Conversei baixinho, era tarde da noite, acalmei, dei conselho, fiz o que pode fazer uma amiga nestas horas.

Acontece que lá de seu quarto, minha mamy entendeu tudo errado. Entendeu que eu escondia algo, que a minha amiga me acalmou, que quem chorava era eu, etc. No outro dia ela levantou bem cedo pronta para descobrir o que estaria acontecendo comigo. E eu, dormindo o sono dos justos nem desconfiava na chave de cadeia em que estaria metida dali a instantes...

Minha MÃE pegou meu caderno, cheio de parábolas e cheio de rabiscos de meu irmão de 4 anos. Seguidamente ele rabiscava riscos desconectos e sem significado por cima de meus escritos. Só para comprovar que imaginação vem de berço, minha mãe ficou histérica e horrorizada achando que aquelas poesias totalmente inocentes tinham um fundo libidinoso totalmente comprovado pelos rabiscos que "simbolizariam" um ato sexual disfarçado... Puxa, naquela época eu mal tinha dado uns dois ou três beijinhos, rs, rs. Mas só não sofri a fúria da minha mãe pois minha amiga veio depor a meu favor e contou que era ela que estava chorando na noite anterior e minha irmã disse ter visto várias vezes nosso irmão pequeno riscar meu caderno... Aquele dia poderia ter sido um massacre de inocente, mas fui salva no último minuto do segundo tempo. Os rabiscos do meu irmão, até hoje, fico pensando se tinham algo simbólico.Nunca vi nada. Mas situações como estas se repetiraram comigo várias vezes. A minha vida sempre foi cercada por parábolas, charadas e rabiscos sem sentido.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Peixe no aquário

Como um peixe dentro do aquário ela viveu muitos anos...talvez vivesse a vida toda. O mundo ria e percorria suas estradas, seus caminhos próprios e impróprios, todos dançavam, uns dançavam na vida, outros literalmente dançavam...

O peixe tinha lá seus sonhos, seus anseios, mas nada era fácil dentro daquele aquário. Mas um dia deu-se conta que para aqueles que estavam fora do aquário também não era fácil. Era só uma questão de perspectiva.

O peixe nadou milhares de quilômetros dando voltas naquele cubículo redondo e chegou a conclusão de que teria que viver o máximo que pudesse dentro daquele ambiente pequeno. Teria que fazer sua vida e seu mundo muito maiores do que aquele espaço.

A vida, para alguns, poderia ser perfeita como comercial de margarina, mas para quem nadou tanto, não poderia morrer na beira da praia, tendo o pão, mas sem margarina. Achou melhor continuar a nadar, enveredar-se por caminhos nunca antes percorridos, jogar-se no mundo, aquele mesmo mundo que não permitia que ela, o peixe, saísse do aquário.

Esse aquário vai crescer. Mesmo sendo um crescimento interno, mental. Ele vai crescer. O peixe está sonhando, tem medo de não dar conta da vida toda neste espaço, mas fará tudo para não ter uma existência medíocre, mesmo neste espaço apertado. Quando outros passam a habitar este cercado, o mundo parece maior. A cerca, as paredes, as limitações, enfim, tudo tem outra conotação. Um dia muitos ficarão surpresos ao ver ela, o peixe, nadar pelo mundo, fora do aquário, de morada nova e esperança na vida.
O mundo, realmente, tem o tamanho que a gente acredita...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Duda

Mais uma vez estou tentando domar o meu egoísmo próprio de pessoas livres, desimpedidas de amarras com filhos, obrigações como fazer janta, acompanhar as lições de casa, etc. Para bagunçar um pouco a minha vida, fazer a casa arrumadinha ficar mais bagunçadinha, com jeito de gente viva ali dentro, adotei uma poodle, a Duda.

Já tive cachorro antes, meu primeiro "filho-ote", mas morava em casa e ele ficava na garagem. Agora eu moro em apertamento, e ela fica em todo lugar que eu fico. No início cheguei a ter uns chiliques quando chegava do serviço às 19 horas e encontrava a minha sala e cozinha em petição de miséria. Eu me sentia dentro daquela música do Chico Buarque "todo dia ela faz tudo sempre igual, e acorda as 6 horas da manhã... e chega em casa e limpa vários cocôs de Duda, recolhe jornais, lava o chão, lava o pano, pendura pano ....".

Mas eu quis, e eu persisti. Acordava, colocava Duda no seu toalete, ficava olhando para ela se concentrar e fazer as necessidades ali, no local indicado. Foram três meses de adaptação e finalmente a Dudinha faz no jornalzinho. Agora Dudinha está trocando dentinhos, roi tudo que é duro e possa massagear suas gengivas. Mas a Duda cresce muito rápido, tá ficando espaçosa. Qualquer dia eu terei que pedir para sentar no meu sofá. Educar um cachorro é uma tarefa eterna. Você tem que ser constante, sempre.

A cachorra tem uma cara preparada para amolecer coração de pedra. Me olha com uma cara de súplica, aqueles olhos tristes e lacrimosos, não tem como não ceder. Acabo colocando a peluda no meu sofá. A sorte é que ela não larga pelo.
Acho que ter um bicho em casa ajuda a gente a tirar o foco de si mesmo. Pensar demais em si mesmo enjoa. Acho que este é um dos motivos de as pessoas terem filhos. Quando vc já conhece sua vida de trás para frente, sabe como começam e terminam suas histórias, aí é hora de dar uma bagunçada e virar o foco. A Duda faz festa quando chego, faz traquinagens que me divertem e alegram, brinca de buscar a bolinha, implora comida, pede chamego, enfim, ela é a Duda do Vivendas do Ouro Preto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Jornalista por formação

O talento é inerente ao bom desempenho de qualquer profissão. Mas a formação, calcada na orientação correta, na labuta diária nos bancos acadêmicos e estágios afins, lapidam a pedra bruta para fazer aparecer o valioso diamante...

Tanta perseguição, tanta cretinice.... Os senhores feudais do STF julgaram que a partir do momento que para ser cozinheira ou costureira não há necessidade de diploma, para ser jornalista também não será obrigatório. Quais interesses atrás disto ? Reduzir custos a troco de mão-de-obra barata ?? Pagamos cerca de R$ 1200 por mês numa faculdade de jornalismo e o piso da categoria é esse mesmo valor (aproximadamente). Agora, talvez o piso baixe mais. Agora, talvez, o jornalista volte a ser um personagem marginal, como era considerado no início do século XIX. É isso o que fizeram conosco: nos colocaram à margem.

Mas os interesses contra os quais teremos de lutar são milionários. E os poderosos adoram os donos dos veículos de comunicação e "odeiam" jornalistas. Temos que nos unir mais do que nunca e lutar. Lutar pela nossa dignidade. Lutar por essa força adquirida no exercício da profissão e muitas vezes inspirada nos anos de faculdade: "o jornalista nunca pode perder a capacidade de se indignar". Era isso que nos dizia um saudoso professor de Jornal I. A indignação deve nos unir e nos fazer crescer. Quantas vezes nos achincalharem, tantas vezes gritaremos e lutaremos por nossa valorização e importância no rumo de nosso país.

Vamos à luta. Esmorecer jamais. Os "jornalistasinhos" são realmente pessoas chatas, que colocam o nariz onde não devem, que filmam, fotografam, denunciam, salvam, alertam, orientam, ensinam, formam opinião. A quem interessa formadores de opinião sem formação, sem qualificação ?
Eu sou jornalista por formação ! E por lapidação !