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Uma guria criativa, que sempre inventou brincadeiras e jeitos diferentes de resolver as coisas. Jornalista de profissão, dublê de arquiteta e decoradora, artesã e contadora de causos. Uma pessoa que detesta preconceito e discriminação.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quem tem um amigo nunca fica sozinho


Amizade, amizade .... Tem sentimento mais gratificante que a amizade? Cada um dá o que tem, quando está com vontade, se der vontade. A minha turma do Colégio Rosário foi responsável por grandes demonstrações de amizade que tive na vida.

Nos finais de semana, festas de sábado à noite, eu sempre dormia na casa da Cláudia ali no Menino Deus. Isso acontecia porque eu morava muuiito longe do circuito noturno, lá no Espírito Santo, bairro longínquo da Zona Sul. Numa dessas muitas noites nós inventamos de ir na Crocodilus (Croco para os íntimos). Eu já havia ido na Croco diversas vezes, mas naquela noite o juizado da Infância e Adolescência tinha mandado um fiscal autuar as danceterias da Avenida 24 de Outubro que deixassem menor de 18 anos entrar. Toda nossa turma estava na faixa dos 15 e 16 anos, mas havia um porém: todas minhas amigas eram altas, cerca de 1,70 metro de altura, e eu era a única baixinha.

Como não podia deixar de ser, minhas amigas passaram pela roleta sem ter que apresentar identidade, pareciam ter 18 anos, e quando chegou a minha vez, “barrada no baile”. O porteiro pediu minha identidade, claro, eu tinha 16 mas aparentava uns 13 anos... As outras meninas haviam passado e foram dançar. A Cláudia e o Vitinho, nosso amigo motorista, também conseguiram passar, mas resolveram voltar quando viram a minha situação. Eu disse a eles que ficaria esperando ali na entrada, que não havia problema, mas a Cláudia, sempre amiga e solidária, não me deixou na mão e disse “não, se tu não vais entrar eu também não vou” e o Vitinho, um gordinho muito querido, xingava as meninas que entraram e nem olharam para trás. Para nos consolar o Vitinho nos levou para comer um xis com fritas (argh!) e depois nos deixou na casa da Cláudia.

Naquela noite nós não chacoalhamos os jovens esqueletos, mas estreitamos os laços de uma amizade inesquecível. Quem tem um amigo nunca fica sozinho.

2 comentários:

  1. Adorei Adriana!Lembro bem de ti sentada na frente da Croco, só tinha esquecido do final da noite comendo fritas..O engraçado é que depois de completar 18 não voltamos mais lá..
    Beijos,Clàudia

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  2. Oi Claudinha!!! Que legal que vc leu a nossa historinha. É mesmo, depois dos 18, quando podíamos entrar sem problemas, não fomos mais. Saudade daquele tempo. Beijão menina.

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